Artigo: Nossa resposta ao amor de Deus

Pastoral da Comunicação

03/04/2023

Para podermos responder ao amor de Deus, teremos que partir da máxima cristã que é: amar a Deus e amar ao próximo, como a si mesmo (Lc 10,27). Assim, experimentando em nosso coração todo o amor de Deus por nós, daremos uma resposta fiel a tal amor através do nosso testemunho de vida. Tomando consciência de ser muito amados, somos convidados a participar dessa obra amorosa. Somos convidados e enviados a sermos instrumentos do amor, para que todos tenham vida.

Na Primeira Carta de São João, lemos: “Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é Amor” (1Jo 4,8). O amor é a essência da natureza de Deus. Por essa razão, São João insistia em dizer que, “quem não ama, não conhece a Deus”; isto é, não tem a experiência de Deus em sua vida. A essência de Deus é o amor incondicional que Ele tem por cada um de nós. Conhecer e fazer a experiência desse Amor nos permite crescer enquanto cristãos e seres humanos. Recordemos, ainda, que “se alguém diz que ama a Deus mas odeia o próprio irmão, mente; pois se não ama o irmão seu a que vê, não pode amar a Deus a quem não vê” (1 Jo 4, 20).

Os Apóstolos, por meio da pregação e da partilha das suas experiências de Amor vivenciadas com Cristo, foram incisivos ao nos lembrar de que Deus nos amou primeiro e, por isso, Ele nos enviou o seu Filho Amado, para nos salvar de todos os pecados. Deus manifestou o seu amor para conosco! O próprio Jesus nos revelou a imensidão do amor de Deus por nós. De fato, “Deus amou tanto o mundo, que enviou o seu Filho único, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Seu Amor incondicional salva!

São Paulo sentiu e vivenciou profundamente o Amor de Deus, naquele encontro pessoal com Jesus, a caminho de Damasco. Ele disse na Carta aos Gálatas: “Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim; a minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). A transformação que o amor de Deus fez na vida de São Paulo foi radical, a tal ponto de ele passar a defender o Evangelho, tornando-se um prisioneiro do Amor por meio de sua missão evangelizadora. São Paulo nos recorda que Deus entregou o Seu Unigênito à morte de cruz por nós; ninguém mais pode duvidar do Seu amor. Deus não poderia fazer nada além do que fez para provar o Seu amor para com a humanidade. Deus nos deu a vida por amor, em Cristo Jesus, e nos predestinou para sermos adotados como seus filhos amados (cf. Ef 1,5).

Somos a manifestação do amor de Deus! Fomos criados à Sua imagem e semelhança! Alguns, no entanto, têm dificuldade de compreender isso, tendo os olhos cegados pelo orgulho que o impede de ver e de proclamar a glória de Deus. O pecado tira a beleza da Graça de Deus em nós, mas Jesus Cristo, seu Filho amado, sempre agindo por amor, nos resgatou para que pudéssemos recuperar a nossa condição de “imagem e semelhança” de Deus.

Sendo assim, nossa resposta ao amor incomensurável de Deus por nós só pode ser uma: amá-Lo sobre todas as coisas e pessoas, e amar os irmãos e irmãs como a nós mesmos. Portanto, não há palavras para descrever o amor de Deus por nós; temos que fazer a experiência: amar e deixarmo-nos amar! E essa experiência gerará em nós uma comunhão com Deus para podermos corresponder ao seu amor através do próximo.

Essa é a resposta de amor que Deus espera de nós, pois “Deus é amor, e quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele” (1Jo 4,16). “Aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a Quem não vê” (1Jo 4,20b). Somente assim, nesta dinâmica do Amor, poderemos viver em comunhão com Deus e ser testemunhas do Amor, em forma de alegria, para aquelas pessoas que ainda não conseguiram experimentar e, nem tampouco, corresponder ao Amor de Deus, que o impede de ver e de proclamar a glória de Deus. O pecado tira a beleza da Graça de Deus em nós; mas Jesus Cristo, seu Filho amado, sempre agindo por amor, nos resgatou para que pudéssemos recuperar a nossa condição de “imagem e semelhança” de Deus.

*escrito por padre Armando Nochetti, assessor da Pastoral Vocacional (SAV) em nível diocesano e nacional.

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