São Sebastião
No dia 20 de janeiro é celebrado, em Presidente Prudente (SP), o dia do santo padroeiro São Sebastião.
Na maior cidade do Oeste Paulista, seu nome foi colocado na Catedral de São Sebastião, fundada em 1925 pelo Monsenhor José Maria Martinez Sarrion, que fica localizada no centro da cidade. Conhecido por cuidar dos enfermos, o santo foi escolhido devido à pouca condição de recursos medicinais da região na época. Para os moradores da cidade, as bênçãos do padroeiro serviram nos momentos difíceis.
Em 1926, no dia dois de outubro, foi realizada a primeira festa em honra ao Padroeiro São Sebastião, não visando ao aspecto litúrgico, mas promocional, objetivando conseguir fundos para serem empregados nas atividades de construção.
Além de Presidente Prudente, São Sebastião também é o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, por isso todo dia 20 de janeiro cariocas e prudentinos celebram o aniversário do santo com procissões e missas.
História
São Sebastião nasceu em Narbona, na França, no ano de 256 da Era Cristã. Ainda jovem, mudou-se com a família para Milão, na Itália, cidade de sua mãe. Alistou-se no exército de Roma e tornou-se o soldado do imperador Maximiano. Conquistou o posto de comandante da Guarda Pretoriana.
Secretamente, Sebastião converteu-se ao cristianismo, sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam, muitos seriam devorados pelos leões, ou mortos em lutas com os gladiadores. Com palavras de ânimo, e consolo, fazia os prisioneiros acreditarem que seriam salvos da vida após a morte, segundo os princípios do cristianismo.
São Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos: o de Roma e o de Cristo.
Martírio de São Sebastião
Ao tomar conhecimento de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano os identificou e os expulsou. Só os filhos de soldados ficaram obrigados a servirem. E este era o caso do Capitão Sebastião. Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu traído e mandou que ele renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia. Por isso, Maximiano mandou que ele fosse morto para servir de exemplo e desestímulo a outros.
Os arqueiros do imperador tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.
Uma cristã devota, e um grupo de amigos, foram ao local e, surpresos, viram que Sebastião continuava vivo. Levaram-no dali e o esconderam na casa da cristã que cuidou de seus ferimentos.
Depois de curado, Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos. Desta vez, o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse.
Significados
Flechas que aparecem em São Sebastião
As flechas de São Sebastião revelam-nos a primeira fase das torturas que o santo enfrentou. Tendo como algozes (pessoa responsável pela execução), seus companheiros de exército, Sebastião suportou várias flechadas em seu corpo sem renegar a fé. Quando todos pensaram que ele estivesse morto, deixaram-no amarrado.
A árvore de São Sebastião
São Sebastião é representado amarrado numa árvore em especial: o carvalho. No cristianismo primitivo, o carvalho era o símbolo da perseverança, da tenacidade e da persistência, por causa da dureza desta madeira nobre. Assim, este símbolo nos fala da firmeza, da tenacidade e da perseverança de São Sebastião. E a força que ele recebeu do céu foi tão grande, que não morreu em decorrência das flechadas. Ele foi recolhido por outros cristãos e cuidado por Santa Irene até se recuperar totalmente. O carvalho simboliza toda essa força de São Sebastião.
O corpo seminu de São Sebastião
O corpo seminu de São Sebastião simboliza a humilhação que sofreu por parte do império romano. Simboliza também o despir-se do homem velho, fraco e pecador, para vestir-se de Cristo, forte e vencedor.
O pano vermelho de São Sebastião
O pano vermelho de São Sebastião, cobrindo suas partes íntimas, simboliza o duplo martírio. O primeiro é este retratado na imagem. O segundo foi aquele que causou sua morte física e teve causa mais nobre ainda.
Auréola de São Sebastião
A Auréola de São Sebastião representa sua santidade, testemunhada por vários cristãos da época. Esta santidade aparece desde o seu amor dedicado aos cristãos presos e necessitados, até à sua disposição de morrer por Jesus Cristo sem renegar sua fé. Trata-se de um grande testemunho, que serviu de exemplo para milhares de cristãos ao longo de séculos.
*Com informações do livro Polianteia Diocesana e Cruz Terra Santa.