Vocação: conheça mais os seminaristas que serão ordenados diáconos em dezembro

Pastoral da Comunicação

14/11/2022

Depois de vários anos de caminhada, chegou um dos momentos mais aguardado para três seminaristas da diocese: se tornar diácono e servir mais profundamente a comunidade de Deus. A Ordenação Diaconal será no dia 9 de dezembro, na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Presidente Prudente (SP).

Serão ordenados: Aldair Junior, Dolglas dos Santos e Paulo Oliveira, que estão concluindo o quarto ano da Faculdade de Teologia. Para conhecer um pouco mais de cada um, a diocese preparou uma entrevista especial.

Aldair Junior

Aldair José Alves dos Santos Junior, 27, nasceu em Santo Expedito (SP) e é filho de Célia Ferreira dos Santos e Aldair José Alves dos Santos. Tem uma irmã mais nova, Andressa Ferreira Alves dos Santos, de 17 anos.

O futuro diácono conta que sempre participou dos eventos da Igreja. “Descobri minha vocação muito cedo. Venho de uma família tradicionalmente católica. Na infância, gostava de participar de novenas nas comunidades com a minha avó, ir nas celebrações, rezar o terço, colecionar santinhos de papel e brincar de rezar a Missa.”

Família de Aldair reunida em Igreja de Presidente Prudente (Aldair Santos Junior / Cedida)

Ele conta que recebeu seu chamado com cinco anos de idade durante a festa do padroeiro da Paróquia Santo Expedito, no ano 2000. “A primeira impressão que tive do sacerdote, me fez querer seguir o caminho ministerial. Na época era o padre João Gussi.”

Aldair no Santuário de Santo Expedito, local onde despertou sua vocação (Aldair Santos Junior / Cedida)

Aldair entrou no Seminário Menor no dia 31 de janeiro de 2012. Segundo o seminarista, nunca imaginou sair tão cedo de casa e ressalta que foi difícil pela saudade. “Encantei-me por aquele lugar e pelo sacerdote que lá morava, monsenhor Miguel. Eu olhava para aquele ambiente e a única coisa que eu queria era estar ali com os outros colegas, estudando e rezando.”

Ao longo desses anos, ele conta que a maior experiência, enquanto vocacionado, é de ter vivido o período formativo. “Todos os padres se lembram do seminário. Vivemos nesta casa para vivermos a Igreja e consequentemente o ministério e a vida. No seminário nós choramos, sofremos, mas também nos alegramos e crescemos com Cristo. O seminário é os ‘quarenta dias no deserto’ e é nele que decidimos se entregar plenamente, como Jesus.”

Atual turma de seminaristas reunidos no Seminário Maior de Marília (Aldair Santos Junior / Cedida)

Agora, sua visão está focada na ordenação. “Quero ser um bom diácono para a Igreja e aprofundar minha experiência com Deus no exercício do serviço. Também pretendo levar minha família a uma experiência de Deus ainda mais profunda. Sou vocacionado não somente por mim, mas também pela minha família!”, afirma o seminarista.

Já pensando no sacerdócio, a reportagem perguntou: o que esperar de você como padre?

“Primeiro: ser um ‘bom’ padre para trabalhar na vinha do Senhor; Segundo: levar a todos os que Deus me conceder a ter uma experiência com Ele, como eu tive uma dia; Terceiro: cumprir com minha agenda, porque não gosto muito dela”, destaca.

Se não fosse sacerdote, Aldair conta que talvez seria professor, devido a aptidão a história e aos desenhos. Nas horas vagas, ele conta que gosta de ler e estudar e que seu maior sonho é ser padre.

Aldair durante estágio pastoral em Regente Feijó (Aldair Santos Junior / Cedida)

Dolglas dos Santos

O segundo seminarista a ser apresentado é o Dolglas dos Santos Souza, 34, o mais velho do trio. Nasceu em Presidente Venceslau (SP) e é filho de Antônio Deltrudes de Souza e Maria Irene dos Santos. Tem dois irmãos: Ricardo dos Santos Souza e Jaqueline dos Santos Souza.

Dolglas reunido com parte da sua família (Dolglas Souza / Cedida)

O papel da Família sempre é muito decisivo e importante para o processo formativo sobretudo no primeiro momento. Isso foi o que contribuiu para a vida do Dolglas. “A fé e a oração da minha avó e de minha mãe foram meus grandes exemplos. Meu contato com a Igreja começou desde pequeno e ter o acompanhamento fiel da família é algo primordial e fundamental para o bom êxito da formação.”

Dolglas servindo como acólito na Igreja (Dolglas Souza / Cedida)

Ele ingressou no Seminário Menor no dia 11 de maio de 2015. “Antes, passei por um excelente acompanhamento vocacional com o padre Tiago Carvalho e tive a alegria de estar bem decidido e com certa maturidade para lidar com os desafios da caminhada de forma tranquila. Sem dúvidas o dia mais feliz de minha vida”, afirma. O Seminário Maior veio no ano seguinte, em fevereiro de 2016.

Futuro diácono estava sempre participando de evento na diocese (Dolglas Souza / Cedida)

Questionado sobre a expectativa para a Ordenação Diaconal, ele disse: “Sem dúvidas um momento muito especial em nossas vidas. A expectativa é de grande emoção, alegria, mas também de certeza que o Senhor capacita os que e Ele escolhe”.

Pensando no sacerdócio, Dolglas pede para que Deus o faça santo, para bem servir com alegria e amor. “Papa Francisco diz que: ‘Ser sacerdote é arriscar a vida pelo Senhor e pelos irmãos’, e dessa forma que que meu coração sente. Viver totalmente para a missão que o Mestre me chamou.”

Ele conta que a emoção é grande para a Ordenação Diaconal (Dolglas Souza / Cedida)

Falando sobre a personalidade de Dolglas, ele afirma gostar de cinema, séries e filmes nas horas vagas. Já seu maior sonho é que o povo de Deus viva e sinta a verdadeira alegria que brota do coração Sagrado de Jesus.

O seminarista ainda conta sobre um dos momentos marcantes vivenciados na sua história. “Me recordo do dia que me despedi da Paróquia Nossa Senhora Aparecida no Parque dos Pinheiros. Havia um garotinho de cerca de 9 anos, que veio se despedir de mim em prantos, rostinho cheio de lágrimas e disse: ‘Obrigado por tudo, quando eu for para céu quero estar com você lá, te amo’. Fiquei sem palavras!”

Paulo Oliveira

Paulo de Oliveira Araujo tem 24 anos e é natural de Estrela do Norte (SP). Nasceu no dia 13 de dezembro de 1997. Seus pais chamam Ataíde Ferreira de Araujo e Maria Lucia de Oliveira Araujo e tem um irmão mais novo chamado Fabiano, de 22 anos.

Paulo conta que sua família sempre foi bem participativa na Capela São José, localizada no município em que nasceu. Foi a partir desse envolvimento com as atividades da Igreja, que despertou sua vocação. “Antes de ser crismado, participei de um retiro organizado pelos catequistas. Foi no início do ano de 2011. Ali, insistiram muito que seríamos crismados para servir a Deus. Esta palavra ‘servir’ ficou marcada em mim.”

Depois da Crisma, após uma conversa com a sua tia-avó, que era responsável pelas atividades na capela, a mesma sugeriu que ele ajudasse como leitor na Santa Missa e assim foi. “Um dia, terminada a Missa, um primo disse que eu lia como um padre. Ouvir aquilo me incomodou muito. Pela primeira vez, questionei o que o Senhor queria de mim. Lembro que eu tomava a Bíblia nas mãos e a abria aleatoriamente. Surpreendentemente, as passagens que à primeira vista eu lia eram todas vocacionais. Tive certeza: Deus me chama!”

Após isso, o jovem foi conversar com um sacerdote que o orientou a fazer encontros vocacionais e conhecer mais sobre a vida de um seminarista. No ano seguinte, em 31 de janeiro de 2012, ingressou no seminário.

Paulo durante estágio pastoral no Santuário Nossa Senhora do Carmo (Paulo Oliveira / Cedida)

“No começo, tudo foi bastante difícil. Tinha 14 anos e sempre vivi no sítio. Acostumar-me a viver na cidade foi um tormento. Conviver com pessoas desconhecidas foi mais difícil ainda. Hoje, olhando para trás, reconheço o quanto o Senhor me guiou e sustentou. O seminário tornou-se minha casa e viver ali durante aqueles cinco anos foi uma experiência marcante e edificante”, destaca Paulo.

Em 2016 até hoje, deu início a formação em Filosofia e Teologia no Seminário Maior de Marília (SP). “Pude crescer muito nestes anos de Seminário. Quantas coisas pude aprender! Aprendi a rezar e a amar a oração. Aprendi a amar apaixonadamente a Igreja! Minha vida toda gasta no serviço de Deus e de Sua Igreja não seriam suficientes para retribuir tudo o que o Senhor fez por mim nestes anos”, afirma o futuro diácono.

Jovem conta que aprendeu muito nesses anos de seminário (Paulo Oliveira / Cedida)

Para a ordenação que se aproxima, Paulo se diz muito ansioso. “Só quero servir e amar o Senhor e sei que a recepção da Ordem sagrada, além de me marcar com o caráter próprio do sacramento, me dará as graças necessárias para amá-lO e servi-lO cada dia mais. De minha parte, espero corresponder com um coração generoso e fiel”, ressalta.

Ainda quando criança, Paulo diz que sonhava em ser professor, provavelmente de matemática, pois gostava muito de ciências exatas. Nas horas vagas, afirma gostar de ler e estudar e como maior sonho, ele conclui dizendo que a meta é “ser salvo e ser instrumento de salvação para os que amo e os que me forem confiados”.

Quando perguntando o por quê de ser padre, o futuro diácono diz: “Quero ser padre para salvar almas, para celebrar o Santo Sacrifício da Missa! Quero me consumir no serviço de Deus”.

Paulo diz querer ser padre para salvar almas e celebrar o Santo Sacrifício da Missa (Paulo Oliveira / Cedida)

Serviço

A Ordenação Diaconal está marcada para às 19h30, dia 9 de dezembro, na Paróquia Santa Rita de Cássia de Presidente Prudente (SP). Os seminaristas serão ordenados pelas mãos de Dom Benedito Gonçalves dos Santos, bispo diocesano. Oremos para que eles tenham uma abençoada celebração!

Deixe seu comentário!

Onda Viva