Encontro do bispo com lideranças conta com análise de dados demográficos da Diocese

Pastoral da Comunicação

28/02/2024

Na tarde do dia 24 de fevereiro (sábado), lideranças paroquiais e coordenadores diocesanos das Pastorais, Movimentos, Serviços e Comunidades estiveram reunidos com Dom Benedito Gonçalves dos Santos, bispo diocesano, para um momento de formação e discussão de temas relacionados ao Conselho Diocesano de Pastoral (CDP) e análise demográfica da região. O evento ocorreu no Centro Diocesano de Formação (Casa de Encontros), em Presidente Prudente (SP).

A programação teve início com a fala do bispo que ressaltou a parábola da videira e dos ramos, onde Cristo Jesus é a videira e nós somos os ramos e devemos estar unidos a Ele. Além disso, destacou a Sinodalidade, o Jubileu da Esperança, o Jubileu dos 65 anos da Diocese de Presidente Prudente e os 100 anos da Catedral São Sebastião da Paróquia de Santo Anastácio.

Na sequência, o professor Dr. Guilherme Henrique Barros de Souza, 41, trabalhou em cima do tema: “Análise de dados demográficos e setoriais: pistas pastorais à luz da realidade da Diocese de Presidente Prudente”.

“Conhecer o perfil dos moradores da diocese permite compreender a realidade que nos cerca e, a partir desse cenário, traçar estratégias específicas da ação pastoral. A realidade demográfica indica que estamos em uma transição importante, com o envelhecimento da população e a diminuição da taxa de nascimentos. Isso tem um efeito prático em como o anúncio do evangelho deve ser feito e também uma reflexão importante sobre como renovar as lideranças nas paróquias”, destaca Guilherme sobre a importância dessa discussão.

Na ocasião, o professor trouxe diversos dados referentes ao crescimento populacional de cada cidade da região e aspectos como a idade média, índice de envelhecimento, população urbana e rural, evolução dos casamentos, entre outros. As reflexões demográficas em torno do assunto indicaram que a população da região está mais urbanizada, com média de idade mais velha, com núcleo familiar cada vez menor e migração para áreas mais desenvolvidas.

Além disso, o professor trabalhou em cima de dois tipos de dados: setoriais e religiosos. Em relação aos setoriais, que aparentemente não interferem no agir pastoral, o Dr. Guilherme disse que eles são fundamentais para compreensão das necessidades e vulnerabilidades da população.

“As questões relacionadas à saúde mental e física, por exemplo, podem direcionar trabalhos pastorais conjuntos entre a evangelização e a promoção de uma vida mais saudável. Destaca-se nesse contexto setorial, a compreensão de como a tecnologia impacta o cotidiano das pessoas, sobretudo os mais jovens, o que requer da Igreja uma atualização da forma de se comunicar, mas de modo algum uma atualização da doutrina, que é imutável”, afirma o professor.

Quando se olha para os dados religiosos, Dr. Guilherme enfatiza como é alarmante o crescente número das pessoas sem religião. “Temos uma população em quase 90% das pessoas creem Deus, mas que 19% não acreditam nas instituições religiosas. É uma reflexão importante para que ao olhar nossa forma de atuação pastoral, busquemos encontrar um jeito novo, autêntico e de verdadeiro testemunho para que a Igreja cumpra seu papel como instrumento que leva as pessoas até Jesus.”

Além dos dados e análises, o professor apresentou ainda pistas pastorais para promover reflexões entre os presentes. “Elas são uma provocação e ao mesmo tempo um ponto de reflexão que não pode ficar nas ideias, mas deve levar a um agir diferente. É necessário, mais do que nunca, um verdadeiro trabalho articulado entre todas as pastorais, movimentos, serviços e comunidades para que alcancemos o coração das pessoas e elas conheçam a nossa Igreja, para que possamos amá-la e nos sentir pertencentes à ela.”

Todo o trabalho apresentado por ele nesse encontro pode ser conferido clicando aqui.

Após a formação, houve partilhas e reflexões dos presentes, além dos recados finais.

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