Assessor da Pastoral da Saúde divulga carta em comemoração ao Dia de São Camilo

Pastoral da Comunicação

13/07/2020

Nessa terça-feira (14/07), a Igreja celebra o Dia de São Camilo de Léllis, considerado o padroeiro dos enfermeiros, dos doentes, dos hospitais e da Pastoral da Saúde Nacional. Na diocese, o padre Marcos Paulo Cestare de Souza , atual assessor eclesiástico da Pastoral da Saúde, escreveu uma carta em comemoração ao dia do santo.

Leia abaixo na íntegra a carta:

Carta aos Agentes da Pastoral da Saúde

Pelo Dia de São Camilo (14/07)

Aos Irmãos Sacerdotes, Coordenadores e Coordenadoras Paroquiais e Agentes da Pastoral da Saúde Diocesana

CIDADANIA E DIREITO À SAÚDE

Irmãos e irmãs, vivemos em tempos turbulentos, que ameaçam o pensamento e a liberdade do ser humano. E devemos aprender a lidar além desta pandemia que está ceifando milhares de vida a viver com pensamentos divergentes dos nossos, e a isto chamamos de Democracia. Democracia e desenvolvimento são elementos importantes para entender a cidadania. Cidadania diz respeito à autonomia de uma sociedade para traçar suas políticas. Democracia, sob o viés político, é a capacidade das pessoas de se organizarem e participarem ativamente. Sob o viés sociopolítico-econômico, é a consagração dos direitos mínimos do ser humano: educação, saúde, habitação, segurança, alimentação, trabalho. Sob o viés sociocultural, cidadania é a educação que propicia ao povo definir seus próprios valores.

Sem democracia, a cidadania fica comprometida, não encontrando espaço para existir em uma sociedade cuja participação nas estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais é permitida apenas a uma minoria da população, com a condição intrínseca da exclusão e, consequentemente, da marginalização da maioria.

Cidadania não é apenas crescimento socioeconômico que se traduz no acesso a bens e riqueza, mas é desenvolvimento pleno das capacidades humanas. Na dimensão social, então, significa atuar criticamente para reverter à desigualdade social, ou seja, as diferenças que poderiam ser evitadas (PESSINI; BARCHIFONTAINE, 2014, p. 174).

Qual é a participação ativa da Pastoral da Saúde na política? O agente de Pastoral da Saúde é um cidadão!

O cidadão deve ser um agente de transformação na sociedade no resgate da dignidade da pessoa e da qualidade de vida. É tendo a responsabilidade de agir, de dar razões da ação e de arcar com as consequências que se aprende a viver junto.

SINAIS DE ESPERANÇA

A reflexão e o enfoque integral que veem sendo dados à saúde como qualidade de vida, bem-estar integral e direito fundamental de toda pessoa evidenciam as condições essenciais para o desenvolvimento pessoal e comunitário. O surgimento de numerosas organizações populares que trabalham com o cuidado, a defesa e a promoção da vida em áreas rurais e urbanas.

A presença cada vez mais significativa de mulheres que assumem compromissos em favor das comunidades, sobretudo as agentes da nossa amada Pastoral da Saúde, que em nossa diocese veem crescendo em quantidade e em qualidade. No âmbito da Igreja, há um despertar de iniciativas e trabalhos organizados para promover a humanização dos serviços de saúde, das estruturas e das instituições hospitalares e educativas, fomentando a formação, a capacitação e a atualização dos profissionais da saúde em nível humano, ético e bioético.

Também nos deixa plenos de esperança o surgimento de grupos de Pastoral da Saúde, de associações de enfermos, de organizações populares de saúde comunitária que formulam propostas no âmbito das políticas públicas de saúde como condição indispensável para melhorar as condições de vida dos cidadãos, “a presença evangelizadora da Igreja por meio de numerosos leigos comprometidos, profissionais de saúde, sacerdotes, religiosos (as), que promovem, animam e apoiam essas iniciativas” (cf. Documento de Aparecida, n. 419).

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