No último dia 11 de fevereiro de 2025, celebramos o XXXIII Dia Mundial do Doente, uma data que nos convidou a refletir sobre a experiência do sofrimento e a presença de Deus na vida daqueles que enfrentam adversidades. Na ocasião, a Diocese de Presidente Prudente celebrou o Jubileu dos Enfermos com uma Santa Missa, às 19h, na Catedral São Sebastião, em Presidente Prudente (SP).

A celebração foi presidida por Dom Benedito Gonçalves dos Santos, bispo diocesano, e concelebrada pelo monsenhor José Antônio de Lima, pelo cura da Catedral, e pelo padre Marcos Paulo Cestare de Souza, assessor eclesiástico da Pastoral da Saúde Diocesana.

Na homilia, o bispo diocesano convidou os fiéis a refletirem sobre a importância da esperança em nossas vidas e na vida dos que sofrem. Ele também se mostrou animado com os trabalhos que a Pastoral Diocesana da Saúde realiza nas paróquias e comunidades. “Que possamos nos abrir para o encontro com Deus, acolher o dom da esperança e praticar a partilha com nossos irmãos e irmãs. Que a Diocese de Presidente Prudente se torne um espaço onde a presença de Deus é vivida intensamente, onde a esperança é cultivada e a solidariedade é praticada”, afirma Dom Benedito.

Mensagem do papa

Para o XXXIII Dia Mundial do Doente, o papa Francisco pronunciou uma mensagem inspiradora que nos lembra que “a esperança não engana e fortalece-nos nas tribulações”. O papa chama os fiéis a olharem mais de perto para a maneira como Deus se faz presente nos momentos de dor e dificuldade.

O Encontro: A Presença de Deus

O primeiro aspecto que devemos considerar é o encontro. A presença de Deus se revela de maneira singular na vida dos que sofrem. Muitas vezes, o sofrimento pode nos levar a um sentimento de solidão, mas é precisamente nesse momento que Deus nos convida a um encontro profundo. Através da oração e da meditação, podemos experimentar a Sua proximidade. A fé torna-se um refúgio, uma maneira de reconhecer que, mesmo em meio às tribulações, Ele nunca nos abandona. O encontro com Deus é uma oportunidade de abrir nossos corações, permitindo que Seu amor e consolo nos envolvam, trazendo paz às nossas almas.

O Dom: A Esperança que renova

O segundo aspecto é o dom. A esperança, conforme nos ensina a Palavra, é um presente de Deus que nos fortalece. É esse dom que nos permite enxergar além da dor, que nos faz acreditar em um futuro melhor. Em momentos de tribulação, podemos nos sentir desanimados, mas a esperança nos lembra que a vida é uma jornada, e que as dificuldades não definem nosso destino. Através da esperança, somos encorajados a acreditar na possibilidade de cura, renovação e transformação. Este sentimento não é apenas uma expectativa passiva, mas uma força ativa que nos impulsiona a buscar soluções e a permanecer firmes na fé.

A Partilha: Construindo Comunidade

Finalmente, o terceiro aspecto é a partilha. O sofrimento, embora muitas vezes isolante, também pode ser uma porta para a construção de laços mais profundos dentro da comunidade. Ao partilharmos nossas dores e alegrias, criamos um espaço de acolhimento e solidariedade. A partilha é essencial para que possamos sentir a presença de Deus através do outro. Somos chamados a ser instrumentos de amor e compaixão, oferecendo apoio àqueles que enfrentam dificuldades. Quando nos unimos em torno do sofrimento alheio, podemos ser a luz que ilumina os caminhos mais sombrios, refletindo a bondade e a misericórdia de Deus.

Que a intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, a mãe da Saúde, nos guie e nos fortaleça, e que, juntos, possamos ser portadores de esperança para todos aqueles que necessitam. Lembremo-nos sempre: “A esperança não engana” e, com ela, somos fortalecidos nas tribulações.

*Com contribuição do padre Marcos Paulo Cestare de Souza.