Em meio a tempos difíceis de pandemia, com mais de 670 mil mortes registradas no Brasil até hoje, as igrejas da diocese tentam se reinventar para ajudar as famílias mais fragilizadas. É o caso da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Distrito de Primavera, em Rosana (SP), que conta com a Pastoral da Esperança.

“Nosso objetivo é atender as famílias enlutadas. É uma forma da comunidade manifestar a sua proximidade e carinho para com as famílias que sofrem a dor da morte de algum ente querido. Essa presença traz consolo e ajuda no fortalecimento da fé”, afirma a atual coordenadora do grupo, Rachel Cristina Henrique, 39.

De acordo com ela, a Pastoral surgiu após perceberem que muitas famílias estavam sofrendo pela perda dos entes queridos e que muitas vezes não podiam dar seu último adeus, devido ao protocolo seguido em muitos sepultamentos.

“Víamos que precisávamos ir de encontro a estas famílias e partilhar uma palavra de esperança e de fé. A Igreja precisava mais do que nunca estar presente e ser presença viva do Senhor que consola seus filhos na dor”, explica Rachel.

A Pastoral da Esperança existe há um ano e conta com o trabalho voluntário de 20 membros da comunidade. Durante este período, cerca de 30 família já receberam o apoio e o acolhimento do grupo.

O trabalho se baseia em visitas pós sepultamentos. “Vamos até a casa da família, escutamos suas histórias, falamos sobre o processo do luto, levamos palavras de conforto, rezamos com a família e também orientamos sobre a forma de rezar pela alma da pessoa”, conta Rachel.

A cada novo contato com as famílias, o grupo vai se reformulando e aprendendo mais. “Estamos agora ajudando já no velório, onde algum agente da Pastoral acompanha. Também oferecemos apoio nas missas de 7° dia, entregamos uma mensagem de consolo e já nos oferecemos para fazer a visita”, afirma a coordenadora.

Serviço

Qualquer pessoa e família enlutada pode entrar em contato com a Secretaria Paroquial e solicitar o atendimento da Pastoral da Esperança. O número para mais informações é o (18) 3284-1055 ou (18) 98110-2121.

“Entendemos que abandonar uma família atribulada pela morte seria uma falta de misericórdia e isso também pode fechar portas para qualquer ação evangelizadora. Perdi várias pessoas especiais nos últimos tempos e sei o quanto é preciso se fortalecer na fé para seguir adiante”, finaliza Rachel.